Seis meses passaram desde que Nando sumiu no final da estrada. Neste tempo a herança que meus avôs deixaram foi liberada. E pude assumir os negócios da família.
A primeira coisa que fiz? Foi comprar um carro zero. A segunda foi dar entrada na minha carta de motorista.
A lembrança de Nando com o tempo foi ficando somente na lembrança mesmo. O silencio que se fez nesse tempo sem noticias, deixou claro como Nando se sentia em relação a mim. Não conseguia lembrar sobre qual assunto discutimos na ultima vez em que esteve comigo, bloqueei o fato na memória. Lembrava as coisas incríveis que tinha acontecido comigo naquele fim de semana. Lembrava que tinha gostado muito do que rolou na cama e no banco do lago. Cada segundo de todo aquele tempo, marcou a saudade que crescia no peito fazendo-me sofrer, mas já estava me acostumando a sentir saudades e a sofrer. Primeiro meu avô, depois minha avó e agora Nando. Desde então não fui mais ao lago. Sabia se voltasse lá relembraria todo o acontecido, e o que eu queria no momento era esquecer. Só esquecer. Esquecer para parar de sofrer. Não passei nem perto do lago.
O que eu não poderia esquecer era de pedir á Marcos, o rapaz que fazia a limpeza da chácara, para roçar ao redor do lago, pois tudo lá deveria estar tomado pelo mato. E teria que lembrar também de pedir á Marcos para tirar o banco de galhos retorcidos do lugar, e queimar. Juntar as cinzas e jogar no lago. Lago do esquecimento.
Ultimamente meu tempo era divido entre os deveres da escola, minhas aulas de direção na auto-escola, e os negócios que meus avôs deixaram. Uma vinícola com mais de 10 hectares de uvas plantadas e prontas para produzirem vinho. Vinho que meu avô sempre teve orgulho em produzir. Muitos pedidos acumulados em cima de uma escrivaninha antiga de mogno esperavam minha atenção. Meu avô usava uma expressão que eu entendi somente quando tomei conhecimento dos negócios, “O porco só engorda com o olho do dono.”
- Marcos? Hoje desça no lago e roce tudo por lá. – Tentei colocar o máximo de autoridade no tom de voz. – Tire aquele banco, queime e consuma com as cinzas.
Marcos tinha pouco mais que minha idade, nunca perguntara a ele, acho que uns 22 aninhos talvez. Um corpo magrelo, mas bem delineado pelos esforços físicos de seu trabalho pesado como peão na chácara. Usava sempre uma barbinha rala em seu queixo pontiagudo e firme, indicando sempre que já passara da hora de fazer. Tinha um sorriso ingênuo no rosto entre os lábios finos, mas sua expressão facial não me enganava, gostava de uma safadeza.
Tinha minhas desconfianças que curtia fumar um baseado de maconha de vez em quando. Passara a morar só com a irmã numa pequena casa muito próxima, ainda em construção, e desde a morte de minha avó os dois vieram trabalhar comigo na organização da chácara. Sua irmã executava os serviços domésticos da casa. Bem mais experiente, na faixa de seus trinta anos cuidava de mim e de Marcos com uma maestria impressionante. Sempre que pedia algo para que fizesse, como se previsse minha necessidade, respondia que já estava pronto, era só procurar direito.
Naquela tarde após ter dado a ordem á Marcos para a limpeza do lago segui para a vinícola, tinha algumas pendências por lá que, também necessitavam da minha atenção. Fazia um dia de muito calor, o que indicava que choveria no fim do dia. Lembrei que não teria aula de direção, e depois de uma tarde cansativa de negociações com clientes e fornecedores então, voltei direto para casa.
Estacionei o carro na garagem e distraidamente segui em direção á porta que me colocaria dentro de casa, antes passando por uma janela envidraçada que mostra os fundos da chácara. Parei de repente ao ver Marcos tomando um belo banho de mangueira que traz água da montanha. Pendurada no galho de uma arvore, jorrava água gelada em sua cabeça deslizando por todo seu corpo magro. De vez em quando levantava a cabeça colocando sua boca na direção do jato, enchia a boca de água e expelia com força para cima balançando a cabeça igual o cachorro quando tenta secar os pelos encharcados. Usava uma cueca clara larga nas pernas, mas justa na cintura deixando para fora um raminho de pelos dourados que formava um caminho até o umbigo. Seu pau meio mole, meio duro, sustentava a cueca transparente e armada para frente.
A cena me colocou em atenção á aquele novo macho que se apresentava ali bem próximo. Até aquele momento, não tinha prestado atenção naquele que para mim ainda era um menino, mas não! De menino ali não tinha nada. Prontamente meu pau armou-se querendo estourar o zíper da calça. Surgiu um desejo incontrolável de estar ao seu lado, banhando-me, esfregando-me, ou melhor, esfregando com minhas mãos aquele corpo magrelo de um bronze quase dourado. E eu precisava de algo, ou alguém que me tirasse o foco do Nando. Com certeza adquiriu meu respeito com base naquela atitude, de um banho bem demorado, ensaboando-se sensualmente, sem pretensão alguma de provocação, pois nem sequer sonhava que estava sendo observado. Demonstrando que o banho era única e exclusivamente apenas para refrescar e revigorar. Não consegui segurar-me às escondidas.
Lentamente caminhei para perto de Marcos. Dei uma ajeitada no pau para que não desse muito na cara, que eu estava excitado olhando ele tomar banho.
- Conseguiu terminar a roçada no lago? – Perguntei chegando mais perto.
Assustado colocou as duas mãos na frente do pau escondendo sua semi ereção.
- Oh! Desculpe senhor Pinho. – Disse já saindo debaixo da água e procurando a toalha.
- Oh! Cara! Pode ficar de boa no banho. – Tentei passar segurança para Marcos. – Só queria saber se acabou lá no lago?
Seu nervosismo o cegou, e não conseguia achar a toalha que estava bem na sua frente. Mais perto consegui esquadrinhar sua rola na cueca transparente. Nem de longe tinha o tamanho do pau de Nando.
Olhando meio mole do jeito que estava, calculei uns 16 centímetros quando ficasse no seu ponto máximo. Essa com certeza eu engoliria inteira, sem chorar e sem deixar nem as bolas para fora. Para não assustá-lo ainda mais, desviei meu olhar para que não percebesse meu real interesse.
- Você está indo pra casa agora? – Minha voz saiu calma e tranquila.
- Sim. Vou trocar de roupa e jantar. – Respondeu sem me olhar, ainda com a expressão da vergonha.
- Só troque de roupa e venha jantar comigo, to cansado de jantar sozinho. – Agora minha voz entoou convidativa. – Estarei esperando.
Nem esperei sua resposta e fui saindo em direção á casa sem olhar para traz. Tomei meu sagrado banho. Até pensei em fazer uma higiene com a mangueirinha, mas desisti. Afinal seria nosso primeiro encontro, e assustado do jeito que estava poderia não mais querer voltar ali, caso eu tentasse não perder o trabalho feito com a mangueirinha. Decidi ir devagar. Marcos, pelo que tinha percebido, era muito diferente de Nando. Tímido e retraído, não aceitaria numa boa, um súbito ataque já de inicio. Poderia considerar uma falta de respeito fugindo para sempre. E o que eu tinha ali na chácara era tempo. Tempo de sobra, para uma conquista bem feita, então resolvi curtir a paquera me sentindo um dom Juan ás avessas.
Após o banho vesti um short um tanto apertado, optei por não colocar cueca, para que minha bunda lisa ficasse bem saliente e sedutora, e uma camiseta regata justa, para que meu tórax desse a ideia de um par de seios feminino. Com certeza em seus momentos de folga Marcos estava comendo as vacas da região nos currais, imagine então se recusaria um belo, depilado cuzinho úmido sedento por um cacete. Só teria que saber como chegar ao peão. Peão sim! Porque Marcos era um peão de boiadeiro. Várias vezes, o vi andando á cavalo pelas estradas do local laçando um boi fujão. Só então me liguei que o seu cheiro de peão, é de uma tentação dominadora.
Na cozinha dei inicio no jantar. Geralmente nunca fazia algo bem preparado para meu próprio jantar. Regina irmã de Marcos, sempre deixava algo meio que pronto para que eu somente esquentasse e não perdesse muito tempo no fogão.
Mas naquele dia seria diferente. Cebola, alho, temperos diversos tudo entrou na receita de um macarrão alho e óleo. Esperava que Marcos chegasse antes de eu terminar a lida com o fogão, para que presenciasse minha habilidade em conquistar um peão pelo estomago.
A hora passou o macarrão ficou pronto, esfriou e endureceu. Marcos não apareceu. Agiu como se tivesse vergonha do que acontecera. E de fato foi exatamente isso que aconteceu. Estava, como se diz, morrendo de vergonha de eu ter visto ele de cueca tomando banho de mangueira. Será que tinha percebido meus olhares para sua vara? Não. Tinha tomado todo cuidado para que isso não acontecesse. Era só vergonha mesmo.
Teria que usar uma tática específica para laçar peão.
Autor: Debraga